Projeto O Crescimento do Sionismo Cristão na América Latina

No cristianismo evangélico do Brasil e de outras partes da América Latina, cresce o interesse no sionismo cristão (SC), ou seja, o ativismo político por cristãos em prol do Estado de Israel, inclusive em defesa do seu direito de se expandir territorialmente. O SC é gestado no contexto de um espectro de atitudes filossemitas no mundo evangélico, mas vai muito além destas, constituindo-se em posições políticas definidas que visam influenciar a política externa do seu próprio país com relação a Israel/Palestina. Em alguns países, sobretudo nos dois mencionados no nosso projeto (Brasil e Guatemala), o SC já alcançou êxitos políticos significativos.


O surpreendente disso é que historicamente os países do Sul global, em geral, não foram tão favoráveis a Israel. Mesmo o crescimento evangélico rápido nesses países desde as décadas de 1960 e 1970 não teve um forte efeito imediato nesse sentido. Mas, hoje, há claros sinais de mudança, em parte devido a esforços endógenos, mas também graças a atores externos, tanto organizações sionistas cristãs internacionais como o próprio estado israelense. 


Este projeto, iniciado em 2020 e previsto até dezembro de 2021, se propõe a estudar essa transformação significativa: o que está acontecendo, onde, entre quais setores, por quê, de que formas, e com quais consequências (para a política nacional; para as relações internacionais; para o próprio conflito israelense/palestino; e para o campo religioso em si). Para tanto realizará um estudo comparativo de Brasil e Guatemala, dois países latino-americanos com saliente orientação pró-Israel e conexões com mudanças no campo religioso associadas ao ativismo político evangélico.

Equipe do projeto:

Senior

Paul Freston e Joanildo Burity (coordenadores)

Brenda Carranza

Maria das Dores Campos Machado

Cecília Mariz

Estudantes

Denise Monzani da Rocha

Raíssa S. S. Velozo da Silveira

Ana Carolina de Oliveira Marsicano


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Momento populista na religião?

Duas formas de religião pública e a construção do povo