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Mostrando postagens de abril, 2021

Uma série de intervenções minhas recentes sobre o tema religião e política

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 A MÃE DO BRASIL É INDÍGENA
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  A note on Pentecostalism, minoritisation and populism Evangelical emergence has been overwhelmingly Pentecostal. Pentecostals account for between 49% (Bolivia) and 80% (Brazil) of all Protestants in the region  (Bell, Sahgal, and Cooperman 2014, 62) . 1 But “Pentecostalism” does not name any single or unified identity. And being a majority within a minority does not translate as a mere demographic feature, as historic Protestant churches (present in Latin America since the 1810s, roughly) had long stood for what it meant to be a Protestant and led the way throughout as the public voice of Protestantism. So, Pentecostalism had to face, from the beginning of such surge, the existing institutional and cultural hegemony of historic churches and to find its own place within and beyond it. Which immediately reveals the constructed – not merely expressive – character of Pentecostal emergence vis-à-vis other religious and secular actors. Considering the interconnections bet
Projeto Religião, populismo e neoliberalismo na América Latina O projeto propõe-se a analisar o processo em curso de ascensão de grupos religiosos conservadores em diferentes contextos latino-americanos, particularmente Brasil, Argentina, Peru, Colômbia e Guatemala à luz de suas conexões com a chamada onda conservadora na política da região e em contraste com a via da incidência pública dos grupos mais progressistas, ecumênicos e interreligiosos. Interessa particularmente perceber as formas de inserção de grupos religiosos emergentes e a medida em que buscam redefinir ou reconstruir a noção de povo (nacional, religioso) ou de identidade coletiva como base de suas pretensões de reconhecimento, influência ou hegemonia na cultura e na política. Do ponto de vista teórico, o projeto se insere no debate sobre os avanços e reconfigurações do populismo e do neoliberalismo na política contemporânea (explorando comparativamente aspectos da produção anglófona, hispânica e portuguesa sobre estes c
Projeto O Crescimento do Sionismo Cristão na América Latina No cristianismo evangélico do Brasil e de outras partes da América Latina, cresce o interesse no sionismo cristão (SC), ou seja, o ativismo político por cristãos em prol do Estado de Israel, inclusive em defesa do seu direito de se expandir territorialmente. O SC é gestado no contexto de um espectro de atitudes filossemitas no mundo evangélico, mas vai muito além destas, constituindo-se em posições políticas definidas que visam influenciar a política externa do seu próprio país com relação a Israel/Palestina. Em alguns países, sobretudo nos dois mencionados no nosso projeto (Brasil e Guatemala), o SC já alcançou êxitos políticos significativos. O surpreendente disso é que historicamente os países do Sul global, em geral, não foram tão favoráveis a Israel. Mesmo o crescimento evangélico rápido nesses países desde as décadas de 1960 e 1970 não teve um forte efeito imediato nesse sentido. Mas, hoje, há claros sinais de mudança, e
  O pastor André Mendonça encaminha pedido ao STF para liberar celebrações presenciais de Páscoa. Dupla violação do estado laico constitucional brasileiro.    Primeiro, a AGU representa judicial e extrajudicialmente a União. Representa o Poder Executivo em questões de interesse do Estado brasileiro, não do governante de plantão ou de seus apoiadores. Trata-se, portanto, no mínimo, de um procedimento estranho que a União se veja incomodada pela prevalência de medidas de distanciamento social extraordinárias referentes à pandemia, que em nada afetam a liberdade religiosa. Não há cerceamento da liberdade de consciência. Não há cerceamento da liberdade de expressão. Não há cerceamento da liberdade de culto e de organização religiosa (a não ser presencial. Milhares de igrejas e comunidades de fé pelo país têm mantido seus e suas fiéis participando de atividades virtuais). Não há manifestação de intolerância. Não há intimidação. Não há perseguição.   MAS, ao imiscuir-se, representando a Uniã